O Banco Central do Brasil (BCB) está conduzindo a segunda fase do Piloto Drex, projeto pioneiro que testa a moeda digital brasileira, anteriormente chamada de Real Digital. Nesta etapa, o foco é avaliar os casos de uso e os benefícios da programabilidade da plataforma Drex, um ecossistema baseado em tecnologia de registro distribuído (DLT).
Objetivo da Fase 2
Na segunda fase, serão simuladas transações com ativos digitais liquidadas em Drex, tanto no varejo quanto no atacado. O objetivo é testar como a moeda digital pode atender a demandas reais da economia por meio de contratos inteligentes desenvolvidos pelos participantes da plataforma.
A fase conta com um conjunto de 13 temas selecionados pelo Comitê Executivo de Gestão (CEG), que avaliou 42 propostas submetidas por empresas e consórcios. Os temas abrangem desde crédito colateralizado e financiamento de operações internacionais até transações com ativos agrícolas e descarbonização.
Instituições Participantes
Atualmente, o projeto reúne 16 consórcios e empresas que estão realizando os testes. Entre os participantes estão grandes nomes como Banco do Brasil, Caixa, Nubank, Itaú, Santander, XP e Visa, além de organizações especializadas como a TecBan e a B3.
Regras e Procedimentos
As regras para a submissão de propostas foram definidas na Resolução BCB 315/2023, posteriormente atualizada pelas Resoluções 382/2024 e 423/2024. Os interessados devem descrever seus projetos em até cinco páginas, incluindo metodologia, impacto esperado e soluções de privacidade alinhadas à LGPD e ao sigilo bancário.
As propostas para participação na segunda fase podem ser enviadas até 29 de novembro, por meio do e-mail piloto.drex@bcb.gov.br. Os participantes devem ter capacidade técnica para implementar e testar os modelos de negócios propostos, abrangendo emissão, resgate ou transferência de ativos digitais.
Casos Selecionados
Entre os temas escolhidos estão:
- Cessão de recebíveis (ABC e Inter);
- Crédito colateralizado em CDB (BB, Bradesco e Itaú);
- Financiamento de operações internacionais (Inter);
- Transações com automóveis (B3, BV e Santander);
- Transações com ativos do agronegócio (TecBan e XP).
Os casos selecionados demonstram o amplo potencial do Drex para modernizar e diversificar o sistema financeiro brasileiro, com impacto direto na economia real.
O Futuro do Drex
O Piloto Drex marca um importante avanço na adoção de moedas digitais de banco central (CBDCs) no Brasil. A iniciativa promete transformar o mercado financeiro, promovendo maior eficiência, transparência e inclusão.
Mais informações sobre a etapa atual e os desdobramentos do Piloto Drex podem ser acessadas diretamente no site do Banco Central.
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